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Recorde do Agro…

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Agro bate recorde nas exportações

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a marca de US$ 61,2 bilhões e de 131,5 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a julho de 2020, um novo recorde para o período. Em relação aos primeiros sete meses do ano passado, o crescimento alcançado foi de 9,2% em valor e 17% na quantidade exportada.

De acordo com as informações divulgadaas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) , o saldo da balança comercial do setor registrou superávit de US$ 54 bilhões, maior valor da história para o período. Os principais produtos exportados de janeiro a julho foram a soja em grãos (US$ 23,8 bilhões), a carne bovina in natura (US$ 4,2 bilhões), a celulose (US$ 3,6 bilhões), o açúcar de cana em bruto (US$ 3,5 bilhões) e o farelo de soja (US$ 3,5 bilhões). Esses cinco produtos representaram 62,9% da pauta exportadora do agro brasileiro no período.

A China foi o principal importador do Brasil, sendo destino de 39,2% dos embarques dos produtos agropecuários. A receita gerada com as exportações para o país asiático foi de US$ 24 bilhões no período. Na sequência vieram a União Europeia, para onde foram 16% das vendas externas brasileiras, Estados Unidos (6%), Japão (2,1%) e Hong Kong (2%). 

O mês de julho manteve o elevado patamar de vendas que vem acontecendo em 2020 e registrou recorde de exportações e do saldo comercial do agro para julho. Enquanto as vendas ao exterior somaram US$ 10 bilhões, o saldo comercial foi de US$ 9 bilhões. O volume das exportações alcançou 24,4 milhões de toneladas.  Em comparação ao mês de julho de 2019, o aumento no valor exportado em 2020 foi de 11,7%, enquanto os ganhos em volume chegaram a 19,2%. 

 

Os principais produtos exportados no mês foram a soja em grãos (US$ 3,6 bilhões), o açúcar de cana em bruto (US$ 790,5 milhões) a carne bovina in natura (US$ 690,7 milhões), o milho (US$ 662,3 milhões), e o farelo de soja (US$ 578,6 milhões). Os cinco produtos representaram 63,3% da pauta exportadora do mês. A China foi o destino de 38,4% das vendas externas em julho.

O destaque de julho foi o aumento de 8,1% nas vendas para os países islâmicos em relação ao mesmo mês do ano anterior. As exportações alcançaram US$ 1,7 bilhão, valor que representou quase 20% do total exportado pelo agro brasileiro em julho. Os produtos mais vendidos foram açúcar e soja. Egito, Turquia e Irã, os maiores compradores.

Setores – A Confederação analisou o desempenho de setores como chás, mate e especiarias, frutas, lácteos, pescados e produtos apícolas. Esses produtos estão no foco de atuação do projeto Agro.BR, uma parceria com a Apex Brasil para apoiar a exportação de pequenos e médios produtores, buscar novos mercados e ampliar a diversificação da pauta exportadora. Para o agregado dos primeiros sete meses do ano, as vendas de chás, mate e especiarias alcançaram US$ 203,8 milhões e tiveram alta de 19,8% em relação ao mesmo período de 2019, movimento gerado, sobretudo, pelas variações nas vendas de gengibre e pimenta do reino que tiveram aumentos de US$ 15,5 milhões e US$ 10,1 milhões, respectivamente.

 

As exportações brasileiras dos produtos deste setor registraram, no mês de julho, uma variação positiva de 52,8% em relação ao mesmo mês de 2019, e representaram US$ 30,4 milhões e 17 mil toneladas em exportações em julho de 2020.

Frutas – No agregado dos primeiros sete meses do ano, as quedas em valor e volume nas exportações de frutas foram de US$ 44,8 milhões e 4,1 mil toneladas respectivamente, o que fez com que as vendas atingissem a marca de US$ 440,1 milhões em 2020, frente aos US$ 485,4 milhões no ano anterior. Em julho desse ano, as exportações de frutas foram 15,4% maiores em valor e 38,4% maiores em peso em relação ao mesmo mês de 2019. O aumento foi puxado pelas exportações de mangas e maçãs, que registraram uma variação positiva de US$ 5,3 milhões e US$ 3,2 milhões, respectivamente, na mesma comparação.

Lácteos – As vendas do segmento de lácteos tiveram aumento de 22,8% em valor e 21,9% em volume entre janeiro e julho, puxadas pela alta nas exportações de leite em pó, leite modificado e creme de leite.  A receita gerada pelas exportações de produtos lácteos brasileiros no mês de julho foi 50,9% maior em relação à 2019, somando US$ 6,7 milhões. 

Pescados – Os pescados brasileiros apresentaram queda no valor exportado de US$ 17,8 milhões no acumulado dos primeiros sete meses de 2020. O total exportado foi de US$ 120,1 milhões. No mês de julho, a redução no valor exportado foi de 23,7%, em relação ao mesmo período do ano passado. As vendas totais somaram US$ 29,7 milhões.

 

Produtos apícolas – O setor registrou um aumento de 39,6% no valor e de 79,3% no peso exportado na comparação entre os primeiros sete meses de 2020 e 2019. A variação foi impulsionada pelo aumento de US$ 15,2 milhões nas vendas de mel brasileiro ao exterior de janeiro a julho desse ano, em relação a 2019.

Em julho, o mel registrou US$ 11,2 milhões e a cera de abelha US$ 638 mil em exportações, vendas maiores que as registradas no mesmo mês de 2019.

 

Fonte
AGROLINK

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Otimismo…

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Chuvas aumentam produção de feijão no Agreste de Pernambuco

Volume de águas pluviais constante em março deixou agricultores otimistas com a safra.

As chuvas constantes de março deixaram os produtores de feijão do agreste de Pernambuco otimistas. A expectativa de tanta produção animou a cooperativa da região a montar um maquinário para classificar e ensacar os grãos de mais de 700 agricultores.

70% do cultivo de feijão do estado está no agreste. São João, que fica a duzentos e seis quilômetros do Recife, é o maior produtor do estado. A cidade conta com mais de mil agricultores dedicados ao grão e tem mais de dez mil hectares com plantio de feijão.

Além de São João, outros dois municípios se destacam na produção de grãos: caetés e calçados. Eles movimentam mais de R$ 10 milhões por safra, de acordo com a federação de agricultura do estado.

Reportagem:

G1

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Quarentena…

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5 hábitos alimentares que a quarentena melhorou nas famílias

São 17 horas de algum dia e em vez de eu correr do trabalho para as atividades das crianças, estou guardando uma caixa enquanto meu lho de 7 anos descasca cenouras ao meu lado. No lugar de pegar qualquer coisa da geladeira antes de ir ao treino de futebol, minha família optou por estar sentada junta, para uma refeição caseira vegetariana.

No menu da noite: tacos de lentilha e couve-or.
Antes que você tenha a impressão errada de que tudo está indo muito bem na minha casa, não está. Mas, como uma nutricionista e mãe, eu tenho percebido alguns padrões dignos de atenção durante a pandemia, tanto na
minha própria família quanto no que meus clientes relatam todos os dias.

Algumas dessas mudanças de comportamento relacionadas à alimentação têm o potencial de se tornarem novos hábitos com benefícios a longo prazo. Aqui estão cinco comportamentos associados à dieta que eu espero que durem para além da quarentena.

1. Refeições em família
Pela primeira vez, algumas crianças têm, agora, os dois pais em casa para o almoço e jantar. Em um contraste triste, filhos de trabalhadores na linha de frente podem ter mais refeições longe dos pais. Cada um desses cenários ressalta a importância em se alimentar todos juntos sempre que possível. Um estudo descobriu que comer em família ajuda as crianças a terem uma melhor autoestima, mais sucesso na escola e reduz o risco de depressão e de uso de substâncias.

Achar um tempo para as refeições em família nem sempre é possível, ou fácil, em tempos normais, mas a esperança é que as pessoas continuem a priorizar essas experiências sempre que puderem. E lembre-se: não é apenas o jantar que conta. Mesmo um lanche rápido ou um café da manhã em família são valiosos.

2. Crianças aprendendo a cozinhar

Algumas famílias estão separando um tempo para levar as crianças para a cozinha. Essa é uma boa notícia, porque pesquisas mostram que isso favorece hábitos alimentares mais saudáveis na fase adulta. Um estudo de longa duração percebeu que adolescentes que aprendem a cozinhar entre os 18 aos 23 anos, comem mais vegetais, menos fast food e têm mais refeições em família uma década depois.

Aprender a cozinhar pode ser fascinante para as crianças, mas exaustivo para os pais. Não desanime se parecer que toda criança, menos os seus filhos, sabe refogar alguma coisa. Comece pelo básico, deixando que seu filho arrume lanches simples no prato. Nunca é muito cedo ou muito tarde, ou muito pouco, para dar autonomia às crianças na cozinha.

3. Comer mais proteínas vegetais
Nutricionistas passaram décadas encorajando as pessoas a comerem mais refeições vegetarianas. Agora, de repente, todo mundo está estocando todo tipo de grãos (feijão e lentinha, por exemplo). Eles estão experimentando tofu e hambúrguer vegetal feito em casa, e descobrindo que, com a receita certa, esses alimentos podem ser deliciosos.

Alternativas à proteína animal beneficiam a saúde individual e do planeta. Isso não significa que você deve se tornar vegetariano, mas você pode começar a pensar na carne de uma forma diferente. Torne-a menos um prato principal e mais como um condimento. Por exemplo, ao invés de grelhar um pacote inteiro de peitos de frango para o jantar, faça kebabs com menos e menores pedaços do frango no espeto. Ou crie uma salada colorida com salmão grelhado.

4. Favoreça o comércio local
Nas primeiras semanas da Covid-19, algumas estantes dos mercados se esvaziaram, enquanto fazendeiros aravam o campo com colheitas maduras e jogavam leite fresco pelo ralo. Problemas na cadeia de distribuição dos alimentos que se amplificaram durante a pandemia levaram as pessoas a buscarem fontes mais locais.

As vendas de farinhas moídas na região, peixes pescados de forma sustentável e programas agrícolas apoiados pela comunidade dispararam. Eu espero que essa tendência continue por muito tempo depois da pandemia, e aprofunde o nosso apreço por todos que garantem que a comida chegue à nossa mesa.

Outra crise é que 42 milhões de norte-americanos se deparam com insegurança alimentar, um número que tem aumentado diariamente durante a pandemia do novo coronavírus. Com aumento na consciência do problema da fome, pessoas têm se disposto a ajudar. Como meu amigo que decidiu doar a produção do próprio jardim para ajudar outras famílias em necessidade. Uma questão crítica que podemos fazer é defender políticas que aumentem o acesso de alimentos de qualidade e cuidados de saúde.

5. Mudar a mentalidade sobre saúde e bem-estar inclui autocompaixão
Comer é um das maneiras mais básicas que temos para cuidarmos de nós mesmos, e mudanças na rotina alimentar fazem as pessoas repensarem como elas definem o bem-estar.

Muitos dos meus clientes estão começando, gentilmente, a investigar suas relações com os alimentos e seus corpos. Com o devido apoio, eles estão criando um plano que será o “novo normal” para as refeições, que incluem a autocompaixão como uma prática diária.

Um exemplo são as meditações diárias curtas, que pesquisas apontam que melhoram muitos aspectos do bem-estar, incluindo a autovalorização e apreciação do próprio corpo. Uma das coisas mais importantes que eu espero que as pessoas mantenham depois da quarentena é um olhar mais amigável para si mesmas.

Pessoas se voltaram para a casa nesses tempos sem precedentes, descobrindo novos hábitos e ideias sobre o que realmente significa nutrir a si mesmas. Orgulhe-se tanto das grandes quanto das pequenas mudanças que você colocou em prática recentemente. Elas podem se transformar em hábitos novos em folha com benefícios a longo prazo. Eu incentivo todos a testarem pelo menos uma versão feita em casa de algum alimento que costumava comprar, porque cozinhar em casa melhora tanto a saúde quanto as relações.

*Nutricionista e instrutora de Nutrição da Universidade de Boston, nos Estados Unidos.

 

Fonte:
semprefamilia.com.br

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Récorde em Goiás…

Récorde em Goiás...

Goiás pode ter safras recordes de arroz, feijão e sorgo, aponta Conab

A produção de soja do estado também deve crescer diante de uma demanda internacional aquecida, segundo a Faeg.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) elevou sua estimativa para a produção de arroz, feijão e sorgo em Goiás. As projeções de junho vieram até 9,5% maiores do que as perspectivas no mês anterior.

De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Bartolomeu Braz, os níveis aumentaram por conta da maior área de plantio e refletem também o aumento da demanda.

Ele afirma também que, como a segunda safra demorou mais tempo para ser cultivada, produtores procuraram outras culturas que não precisassem tanto de chuva, como o sorgo.

Em relação à soja, a expectativa é de grande safra, acompanhando a demanda internacional. “Aqui em Goiás, em torno de 35% até 40% da soja já foi comercializada”, conta.

Fonte:
Canal Rural

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Feijão-caupi…

Pesquisa...

Feijão-caupi é tema para melhorar a qualidade de vida de agricultores familiares do Maranhão

O feijão-caupi é uma das culturas em expansão no mercado brasileiro, possui reconhecida importância socioeconômica nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo uma das principais bases alimentares para população de baixa renda dessas regiões. Na Embrapa, o produto é estudado em abordagens variadas. Uma delas, por meio da técnica de melhoramento genético convencional que enriquece o feijão caupi com mais teores de ferro, zinco e vitamina A. Outra tecnologia, aplicada nas lavouras desse produto, é a inserção de inoculantes de rizóbio para fixação biológica de nitrogênio (FBN), com resultados comprovadamente promissores na produção. 

Esses dois temas de pesquisas da Embrapa fazem parte de projeto em andamento liderado pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA e realizado em parceria com a Embrapa Cocais que pretende melhorar o sistema produtivo e a qualidade alimentar do feijão caupi, e consequentemente, a renda do agricultor familiar da região do município de Balsas, Maranhão. Intitulado “Agricultura nutritiva: biofortificação de variedades de feijão-caupi na melhoria de qualidade alimentar e no incremento de renda”, o projeto é  coordenado pela professora Antonia Alice Costa Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da UEMA e tem o financiamento da Fundação Cargill. O estudo pretende estimular o uso de sementes biofortificadas, enriquecidas com Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN, na produção do feijão-caupi para avaliar a qualidade sanitária, fisiológica, nutritiva e produtiva, fortalecendo todos os elos da cadeia e incentivando a permanência do produtor no campo, e ainda valorizar a biodiversidade vegetal de espécies adaptadas às condições locais, agregando valor cultural para essa população.

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Safra…

Safra...

Paraná deverá produzir 41,2 milhões de toneladas de grãos

Esse volume é 14% superior ao da safra 18/19, quando foram produzidas 36,2 milhões de toneladas. Os dados são do Departamento de Economia Rural (Deral).

Evolução significativa – O relatório mostra uma evolução significativa da colheita da soja, que alcançou 85% da área estimada. Já a perspectiva de produção chegou a 20,7 milhões de toneladas, um recorde histórico para o Paraná, 28% maior do que o volume produzido na safra anterior. Com a evolução do milho safrinha, a área pode ter redução de 2%, porque houve atraso na colheita da soja, o que retardou a semeadura. Ainda assim, a produção deve superar 12 milhões de toneladas. “Mesmo na crise que estamos enfrentando, os trabalhos no meio rural continuam. Estamos recomendando a todos os agricultores e trabalhadores do setor o máximo de cautela e proteção”, diz o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara.

Segunda maior – Se os números totais se confirmarem, esta será a segunda maior safra de grãos da história do Paraná, atrás apenas da safra 16/17, quando o Estado colheu 41,7 milhões de toneladas. “O recorde da safra 16/17 de grãos pode ser superado caso o Paraná apresente boas estimativas para a safra de trigo, que ainda não foi plantada”, explica o chefe do Deral, Salatiel Turra. A primeira avaliação da safra de inverno mostra que os cereais de inverno retomaram o crescimento de área, com um aumento de 4%.

Providências – Ortigara ressalta que todas as providências estão sendo tomadas para buscar um bom desempenho nesta safra. “Neste momento, há uma normalidade no quadro de abastecimento de insumos, sementes, fertilizantes, rações, na recepção das safras, e no abate e transporte de animais. Temos uma boa perspectiva de safra combinada com preços interessantes, tendo diz.

Soja – Os números do levantamento deste mês mostram que os produtores paranaenses já colheram mais de 85% da área total estimada para o ciclo 19/20. Foram colhidos aproximadamente 4,67 milhões de hectares da área total, estimada em 5,47 milhões. No mesmo período do ano passado, haviam sido colhidos cerca de 80% da área semeada. Na média das últimas três safras, o índice foi de 87%. A produção esperada para a safra 19/20 é de aproximadamente 20,7 milhões de toneladas, um volume 28% superior à de 18/19 e que, caso se confirme, será recorde.

Clima – Mesmo com atraso no início do plantio, o clima colaborou para manter a produtividade acima da média inicialmente estimada. Os números apontam para uma produtividade média de 3,8 mil kg por hectare. Esse volume é aproximadamente 27% superior ao da safra 18/19, severamente atingida por adversidades climáticas como a seca.

Março – No mês de março, o clima mais seco contribuiu para acelerar a colheita da soja no Paraná. Mas a escassez de chuvas preocupa uma parcela dos produtores, pois pode interferir na produtividade final de algumas regiões

Preços – Com relação aos preços, neste mês os produtores receberam, em média, aproximadamente R$ 83,00 pela saca de 60 kg de soja, valor cerca de 6% superior aos R$ 78,00 recebidos em fevereiro. Este é o maior preço médio nominal mensal recebido pelos produtores no Paraná. Entre os fatores que explicam esse cenário está principalmente a demanda maior da China, basicamente nos EUA e no Brasil. Além disso, com relação ao Brasil, outro fator que contribui é a relação cambial. “O dólar na casa de R$ 5,00 tem tornado a soja brasileira cada vez mais atraente para o mercado internacional”, explica o economista do Deral, Marcelo Garrido.

Comercialização – Outro destaque deste relatório é a comercialização, que até agora atingiu 54% da produção estimada para esta safra. No mesmo período do ano anterior, o índice era de 35%. Na média das últimas três safras, o volume comercializado no período foi de 39%.

Feijão segunda safra – A produção paranaense de feijão na segunda safra deve somar aproximadamente 432 mil toneladas, o que representa um aumento de 20% comparativamente ao ano anterior, e uma redução de 6% da área plantada.

Plantio – O plantio da segunda safra 19/20 ocorreu em janeiro, fevereiro e março, um período caracterizado por poucas chuvas. A instabilidade climática preocupa os agricultores, já que 70% das lavouras estão em boas condições, 24% em condições medianas e 6% em condições ruins. “Até este momento, somente 72 hectares foram colhidos na região de Cornélio Procópio, mas ainda é cedo para uma estimativa da produção e qualidade do produto nesta safra”, diz o engenheiro agrônomo do Deral Carlos Alberto Salvador.

Alta – Observa-se uma alta expressiva de 26% nos preços recebidos do feijão-cores entre os meses de fevereiro e março. De acordo com o Deral, os produtores receberam em fevereiro o preço médio de aproximadamente R$ 174,65 e, em março, R$ 219,92. “Esta alta dos preços no feijão-cores explica-se pelas incertezas climáticas que podem afetar a produção de feijão no Paraná”, diz Salvador. Com relação ao feijão-preto, em fevereiro a saca de 60 kg foi comercializada a R$ 127,32 e em março, a R$ 145,41.

Milho primeira safra – A colheita da primeira safra de milho avançou no Paraná e nesta semana atingiu 76% de uma área total de 352 mil hectares. A produtividade média obtida está superior ao inicialmente esperado, chegando a mais de 10 mil quilos por hectare. Assim espera-se uma produção em torno de 3,5 milhões de toneladas.

Milho segunda safra – A segunda safra de milho caminha para a conclusão do plantio. O percentual plantado atingiu, neste mês, 95% de um total de 2,2 milhões de hectares. O restante de área a plantar concentra-se na região Norte do Estado, que naturalmente planta mais tarde.

Produção esperada – A produção esperada inicialmente para esta safra é de 12,5 milhões de toneladas, e as condições gerais da lavoura de milho no campo são boas para 90% da área plantada. “Situações pontuais como a ausência de chuva por vários dias causaram certa apreensão. Contudo, neste momento a maioria das lavouras tem seu potencial produtivo mantido e produção esperada dentro do intervalo inicial”, explica o técnico Edmar Gervásio.

Estável – Segundo o técnico do Deral, a condição de mercado para o milho é estável e neste momento apresenta preços superiores a R$ 40,00 a saca de 60 quilos. Entretanto, a incerteza do cenário econômico para próximos meses pode gerar restrições comerciais com outros países, refletindo na exportação paranaense. Com isso, existe a possibilidade de pressão nos preços no mercado doméstico, que terá um maior volume disponível do cereal.

Trigo – O trigo confirmou o aumento de área esperado nesta primeira estimativa, de 1,03 para 1,07 milhão de hectares. Caso a produtividade mantenha-se próxima da normalidade, a produção pode chegar a 3,5 milhões de toneladas, 63% acima dos 2,1 milhões produzidos no ano passado, quando as lavouras foram prejudicadas pelas geadas.

Cotação atual – O aumento de 5% na área justifica-se pela cotação atual – R$54,00 a saca de 60 kg na média de março, o maior patamar em termos nominais da história, um crescimento de 7% no último mês. Este preço tem sido impulsionado especialmente pelo dólar alto, pelo período de entressafra e, mais recentemente, pela preocupação mundial em estocar alimentos por causa da pandemia de Covid-19. Por outro lado, os mesmos fatores levaram o milho a preços muito competitivos, o que limitou o incremento da área do trigo. “Isso fica claro na regionalização das variações. No Oeste, onde a janela de plantio do milho foi perdida com o atraso do plantio da soja, houve incremento da área do trigo. A área cresceu também no Sul, já que as geadas impedem um cultivo mais significativo do milho. Por outro lado, no Sudoeste, onde predominou o plantio de milho, o trigo teve redução de área”, afirma o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Winckler Godinho.

Comparação – Na comparação com março de 2019 (R$ 48,32), o preço da saca subiu 12%. O valor também está acima dos custos variáveis, estimados em aproximadamente R$ 46,00 por saca em fevereiro de 2020. O preço do Paraná é bastante competitivo em relação aos países de onde o estado importa trigo, especialmente a Argentina, o que deixa o consumidor em alerta, já que até setembro, quando iniciar a colheita, o Paraná estará comprando trigo em patamares recordes em Real. “Isso já mostra os primeiros reflexos no preço do pão, que valorizou 7% no período de março de 2019 a março de 2020, chegando a 8,81 o kg do francês. No entanto, vale dizer que não só o trigo colaborou com essa valorização, mas também o aumento do custo da energia elétrica”, explica o engenheiro agrônomo.

Cevada – O primeiro levantamento da cultura da cevada para a safra de 2020 mostra uma área de 62,6 mil hectares, 3,6 % maior em comparação a 2019. Já a produção, estimada de 286,6 mil toneladas, representa um crescimento de 17,5 %. “O aumento da produção nesta safra deve-se a uma pequena quebra em 2019, quando a seca prejudicou a cultura”, diz o engenheiro agrônomo Rogério Nogueira. Na região de Guarapuava, principal região produtora no Estado, a área de 35 mil hectares é 6,7% superior a 2019. Neste núcleo, onde está localizada a cooperativa Agrária, principal compradora da cevada do Paraná, 50% da produção já está comercializada. E na região de Ponta Grossa, segunda maior produtora de cevada do Paraná, a previsão é de 17 mil hectares da cultura, área semelhante a de 2019.

Mandioca – Estima-se área de 141,6 mil hectares para a safra 19/20, 4% maior se comparada ao ano passado. A produção esperada é de 3,5 milhões de toneladas, 9% a mais do que na safra anterior. “A colheita vem se desenvolvendo normalmente, apesar da estiagem que já atinge alguns municípios produtores. Se a falta de chuvas persistir, os trabalhos com a colheita serão dificultados e o custo de produção vai crescer”, explica o economista Methodio Groxko.

Pequena evolução – Nas últimas semanas, os preços apresentaram uma pequena evolução, e os produtores estão recebendo, em média, R$ 388,00 por tonelada do produto colocada nas indústrias. Esse valor representa um crescimento de 9% em comparação ao mês de março de 2019. No atacado, a saca de 25 kg da fécula está sendo comercializada a R$ 58,00, e a saca de 50 kg de farinha por R$ 85,00.

Data de Publicação: 02/04/2020 às 16:40hs
Fonte: Agência de Notícias do Paraná

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Adubação Racional…

Adubação Racional ...

Eleva a qualidade nutricional e a produtividade do feijão-de-corda

O aumento da produção de algodão, arroz, feijão e sorgo também explicam esse recorde de produção.

As culturas de primeira safra responderam bem às condições climáticas, apesar do início de safra sem chuvas, e, de maneira geral, apresentam rendimento superior ao da safra passada. As lavouras de soja recuperaram e, com a colheita finalizando, estima-se uma produtividade superior à da safra passada, quando importantes estados produtores sofreram com estiagem.

No Rio Grande do Sul, a falta de chuvas beneficiou as lavouras de arroz, promovendo um dos melhores rendimentos na série histórica.

Arroz

Nas últimas safras, a área cultivada com arroz vem diminuindo, sobretudo em áreas de sequeiro. Apesar da redução nos últimos anos, a maior proporção do plantio em áreas irrigadas, que geram maiores produtividades, e o contínuo investimento do rizicultor em tecnologias, vêm permitindo a manutenção da produção, ajustada ao consumo nacional.

A expectativa de produção para esta safra é de 10,57 milhões de toneladas, aumento de 1,2% em relação à safra passada. A produção nacional de arroz tem sua maior concentração na Região Sul, responsável por mais de 80% da oferta nacional.

No Rio Grande do Sul, a colheita evoluiu significativamente em março, com mais da metade da área colhida. A alta incidência de radiação solar deve favorecer as lavouras semeadas fora do período preferencial para a cultura.

Feijão

Por ser uma cultura de ciclo curto, o feijão possibilita o plantio em até três momentos durante a temporada, na busca pelo equilíbrio no abastecimento. Na primeira safra deste ano, a área é estimada em 926,5 mil hectares, crescimento de 0,4% em relação à safra passada. A previsão de uma produtividade maior deverá resultar em uma produção de 1,07 milhão de toneladas, 8,3% maior que na última safra, que sofreu com os problemas decorrentes das adversidades climáticas e prejudicaram a produção.

A área de feijão primeira safra vem diminuindo ao longo das últimas safras, principalmente pela competição com outras culturas, como soja e milho, e também devido ao momento da colheita coincidir, muitas vezes, com o período chuvoso, acarretando problemas de qualidade do produto.

Já o feijão segunda safra deverá ter uma área plantada de 1,4 milhão de hectares, 1,1% menor que a área da safra passada. A atenção se volta para as condições climáticas apresentadas na Região Sul, que já prejudicaram o potencial produtivo das lavouras.

Data de Publicação: 16/04/2020 às 17:40hs
Fonte: Assessoria de Comunicação da Climatempo

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Otimismo Brasileiro

Otimismo...

No Feijão Brasileiro após Convenção Mundial dos Pulses

A Global Pulse Confederation – GPC – é a instituição que representa toda a cadeia dos Pulses mundialmente. São produtores, pesquisadores, profissionais de logística, comerciantes, exportadores e importadores, e junto aos órgãos governamentais, demais organizações e consumidores. Anualmente, a GPC reúne, em uma grande convenção, delegados envolvidos com o incremento do consumo e comercialização dos Pulses.

O Brasil foi escolhido para sediar a convenção da GPC 2019. Sendo assim, nosso país recebeu, no Rio de Janeiro, de 10 a 13 de junho, delegados de todo o mundo. O objetivo era discutir assuntos de grande interesse ao mercado mundial de Pulses. Porém, o maior congresso mundial do setor acontecendo pela primeira vez no Brasil não é por acaso. Ocorreu pela articulação do IBRAFE – Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais – e do CBFP – Conselho Brasileiro do Feijão e Pulses.

Com isso, o evento reuniu mais de 600 pessoas de 45 países. E o 7° Fórum Brasileiro do Feijão foi a programação especial da Convenção, no dia 13 de junho.

Otimismo

Conforme o IBRAFE, imagem dos Pulses saiu fortalecida no País que tem o Feijão como símbolo da gastronomia, e ser um dos maiores consumidores mundiais. Também, o tradicional networking que ocorre nas convenções do GPC foi especial. Havia um ar otimista e alegre no ar, apesar dos sempre presentes desafios inerentes à responsabilidade de alimentar o mundo.

A tendência global é de aumento no consumo de Pulses, Feijão, Ervilha, Lentilha e Grão-de-bico, o que justifica o otimismo. Desta forme, listam-se aqui pelo menos cinco razões básicas que dão ao setor um horizonte bastante promissor:

1- A sustentabilidade do planeta e da vida humana depende de o consumo de Pulses aumentar para 75 gramas por dia. A fonte é a prestigiada revista Lancet. Portanto, isto significa mais do que dobro do que o brasileiro consome de Feijões hoje. A melhor forma de fixar nitrogênio no solo e a menor taxa de conversão de recursos naturais por quilo de proteína é de longe alcançada pelos Pulses.
2- A onda de veganismo ganha adeptos a uma velocidade nunca vista. Atualmente, só no Brasil há 30 milhões de veganos, número que cresce mais de 20% ao ano. Além disso, há os adeptos da segunda-feira sem carne. Isso contribui em muito para o aumento de consumo de Pulses, pelo menos uma vez a mais na semana.
3- Há a necessidade de “conter a migração”. Para isso, é preciso que se aumente a produção de alimentos.
4- Os Pulses se tornam matéria-prima para uma infinidade de subprodutos. Investimentos no Canadá e na Austrália ocorrem em parcerias com universidades, governo, produtores e indústrias. O fenômeno já está chegando no Brasil.
5- Comprovando as previsões, a China está diminuindo a produção de vários Feijões e vai se tornando importadora. Já ocorreram passos importantes com autoridades do governo chinês para estabelecer acordos para a exportação de volumes crescentes de Feijões.

O futuro

Durante a Convenção do Brasil, uma nova presidente foi eleita para presidir a GPC, Cindy Brown. Ela é empresária e produtora de Feijão-vermelho nos Estados Unidos. Cindy tem sido uma grande incentivadora de ações que contribuam para aumento do consumo de Pulses. Com isso, o protagonismo da GPC será ainda maior na gestão da nova presidente.
Os painéis da Convenção Mundial da GPC envolveram 57 especialistas e debatedores. Eles construíram o panorama para os próximos meses nos Pulses com maior volume de negócios ao redor do mundo. O Fórum do Feijão discutiu as necessidades e o mercado interno de Pulses, apresentando as novidades do setor.
Por fim, o IBRAFE é o representante do Brasil no Conselho Executivo da GPC e o realizador do Fórum do Feijão. Em junho de 2020, em Cuiabá, acontecerá o 8º Fórum Internacional do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais. Este será um evento internacional de três dias com delegações de vários países. Você é convidado para participar desse evento e da rápida evolução da cadeia de Feijão e de Pulses do Brasil.

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Mercado do Feijão

Mercado do Feijão

Oferta de feijão para os próximos 3 meses será menor do que a média histórica de consumo, mantendo preços firmes para o carioca.

Após bater a casa dos R$ 300 a saca, os preços do feijão recuaram para a média de R$ 250, R$ 260, valores que devem se manter firme para os próximos três meses ainda assim continuam interessantes para o produtor, segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e dos Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders. Ele afirma que até agosto, setembro, o momento será interessante para o produtor, mas para previsões para após esse período, será preciso esperar como o mercado estará até março de 2020 para fazer projeções.

Ele explica que o momento interessante para o produtor de feijão se deve, principalmente à oferta menor que a demanda no país, mesmo com o produto paulista somado à safra paranaense, que deve chegar em breve no mercado.

De acordo com ele, se o preço tivesse R$ 300 em São Paulo, a reação seria fatalmente de queda do valors, independente do tamanho da colheita do Paraná. Se os preços estão mais baixos, menos especulados, não ocorre um impacto tão grande nos preços, porque o Paraná diminuiu a área plantada.

— “Como os produtores sabem que a coberta vai ser curta lá em janeiro/fevereiro, eles não têm pressa de vender. Os produtores têm administrado muito bem essa questão. Eles sabem o quanto existe de feijão a ser colhido e quanto é consumido normalmente”, afirma.

Segundo ele, ainda que haja essa valorização hoje de R$ 6, R$ 7, R$ 8 o preço do feijão carioca, o consumo pode migrar para o feijão preto, que está mais barato, ou outras variedades. Ainda assim vai existir uma pressão em cima do feijão carioca até a colheita em março.

Para que haja uma diminuição substancial de preços entre janeiro e março, Lüders explica que seria preciso uma conjunção de fatores, como uma área maior plantada, volume de estoque maior, de mais produto colhido na segunda e terceira safra.

— “Muitas vezes a gente tem uma segunda safra com preços baixos, e quando chega lá no final da terceira, a gente vê produtores grandes vendendo em janeiro, fevereiro e março seus estoques. Esse ano não existe isso, o consumo de feijão vai ser daquilo que estiver sendo colhido. Ele vai saber administrar, e se os preços caírem, vai ser muito rápido”, diz.

DIVERSIDADE

Uma das dicas de Lüders para o produtor de feijão é apostar na diversidade de grãos. Não só as lavouras de soja foram atingidas pelas chuvas intensas nos Estados Unidos, mas também os produtores de feijão do norte do país. O México passou por problemas climáticos como estiagem e, depois, fortes chuvas, e já apontam a menor safra de feijão talvez dos últimos 20 anos. A produção de grão de bico mexicana também foi prejudicada.

— “Aí vai um alerta para os produtores que tem consições de plantar em sequeiro os feijões caupis que são rápidos, 60 dias. Nós também lembramos aos estados de Goiás, Minas Gerais, Tocantins, Piauí, Maranhão, Bahia, para olhar para o mercado dos ignas com carinho”.

Outro ponto ressaltado por ele é que a China já está importando feijão de outros países, algo que era esperado para acontecer daqui dois ou três anos. “Isso mostra que 2020 vai ser diferenciado, um ponto fora da curva, em que o mercado importador do mundo se volte mais para o brasil, e está na hora de aproveitar essa alternativa”.

Para ele, é importante valorizar as variedades preto, rajado, mung, azuki, caupi, guariba, entre outros.

Por: Aleksander Horta e Letícia Guimarães
Fonte: Agrotícias Agrícolas

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