O feijão-caupi é uma das culturas em expansão no mercado brasileiro, possui reconhecida importância socioeconômica nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo uma das principais bases alimentares para população de baixa renda dessas regiões. Na Embrapa, o produto é estudado em abordagens variadas. Uma delas, por meio da técnica de melhoramento genético convencional que enriquece o feijão caupi com mais teores de ferro, zinco e vitamina A. Outra tecnologia, aplicada nas lavouras desse produto, é a inserção de inoculantes de rizóbio para fixação biológica de nitrogênio (FBN), com resultados comprovadamente promissores na produção.
Esses dois temas de pesquisas da Embrapa fazem parte de projeto em andamento liderado pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA e realizado em parceria com a Embrapa Cocais que pretende melhorar o sistema produtivo e a qualidade alimentar do feijão caupi, e consequentemente, a renda do agricultor familiar da região do município de Balsas, Maranhão. Intitulado “Agricultura nutritiva: biofortificação de variedades de feijão-caupi na melhoria de qualidade alimentar e no incremento de renda”, o projeto é coordenado pela professora Antonia Alice Costa Rodrigues, do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia da UEMA e tem o financiamento da Fundação Cargill. O estudo pretende estimular o uso de sementes biofortificadas, enriquecidas com Fixação Biológica de Nitrogênio – FBN, na produção do feijão-caupi para avaliar a qualidade sanitária, fisiológica, nutritiva e produtiva, fortalecendo todos os elos da cadeia e incentivando a permanência do produtor no campo, e ainda valorizar a biodiversidade vegetal de espécies adaptadas às condições locais, agregando valor cultural para essa população.